domingo, maio 08, 2011

.dia das mães.


Desculpe se não sei ainda como agir, mas é meu primeiro dia das mães neste outro e desconhecido lado. E esta viagem rumo a sentimentos desconhecidos, alguns até então estranhos a mim mal começou.
E você, ainda tão pequeno, também não deve saber direito como é ser filho, mas isso é algo que teremos de aprender juntos, meu amor.
Da primeira vez que eu ouvi o teu coração, foi aquele o exato momento em que você fez de fato o meu mundo mudar. Carregar o coração de outra pessoa é uma tarefa muito nobre, mas também confesso que senti uma responsabilidade nova em mim.
A partir daquele instante eu comecei a dançar no compasso das tuas batidas, foi assim que aconteceu.
E hoje os minutos tem o teu instante e as horas são o teu tempo.
Nunca havia pensado que me tornar mãe significava também você se tornar meu filho. E pensando assim, imagino que pra você o fato de ouvir o meu coração também é uma tarefa nobre e difícil.
Porque de tantas almas e tantos corações, escolhemos um ao outro pra sermos dois.
E ser dois agora significa que um dia fomos só um, dividindo o alimento, as dores, o humor, o corpo e a alma, nessa troca que, divina, nos faz ouvir tão de perto o coração um do outro.
Este é só o primeiro de outros tantos dias, mas este primeiro é mais seu do que meu.
Porque hoje eu estou com esses sentimentos todos embaralhados, aprendendo a ser sua mãe, e tentando tornar fácil pra você o papel de ser meu filho.
Procurei uma palavra para descrever que som faziam as batidas do seu coração a primeira vez que eu o ouvi.
Era uma música que eu jamais havia ouvido. Era alto e forte, num ritmo só teu.
De todas as melodias que eu escutei na vida, essa foi a mais bonita.
Eu acho que deve ser esse o som que o amor faz.