"Vamos ser pais" "Tá ali ó, dois risquinhos na fitinha"
Foi assim que tudo começou.
Não, minto. Foi muito antes.
Começou numa madrugada meio estranha, em um pronto socorro em que você, muito nobre, me ajudou e mesmo sem me conhecer, se ofereceu a acompanhar minha mãe meio maluquinha intoxicada pelo corante de um doce. Sim, um doce muito vermelho que trouxe você pra mim.
Não, acho que na verdade tudo começou antes disso.
Acho que começou em outro lugar, mesmo sem a gente saber.
Porque o meu amor já estava ali, esperando para você regá-lo e colocá-lo na luz pra ele brotar.
E assim é.
Hoje é o dia que talvez você, mesmo sem saber, tenha esperado a vida toda pra comemorar.
E você cumpre esta missão com tanta destreza que tenho certeza que nasceu pra ser pai.
Eu não poderia ter escolhido melhor alguém pra passar o tempo, quem sabe os anos, e espero que a vida ao meu lado.
Todos os dias da minha vida eu esperei pra estar exatamente aonde estou agora. E todos os dias eu espero você feliz, chegar.
Seu filho tem tudo de você. Os olhos, a boca (e espero que o cabelo lindo também). Tem seu jeito também.
E olhar ele, tão esperto, tão ávido por tudo nesta vida, é te ver em dobro e eu fico imensamente grata por isso.
Você e ele são a melhor parte da minha alma. Vocês dois são tão um que as vezes eu acho que são uma alma só que se encontrou.
E você é o melhor pai do mundo, tenho certeza.
Todas as fraldas, as papinhas, os banhos, as brincadeiras e esse teu orgulho estampado e óbvio no teu rosto, é a maior alegria que eu tenho. Pois tenho certeza que nunca estaremos sozinhos. Tenho certeza que o Arthur encontrou um amigo pra sempre e isso, nada nunca poderá mudar. É isso o que me dá força e paz.
E eu morro de orgulho do pai que você se tornou. Que você sempre foi, desde o começo, que não sei ao certo quando foi.
Eu te amo, isso você sabe. E eu só tenho a agradecer por todo o amor que você nos dá, por você ter me dado o maior presente do mundo, por você ser o melhor pai.
E agora espera que uma pessoa quer falar alguma coisa também:
ughx g fngiytrcsdfiljubhygtvfrdxdfcv hj xc vc j7mnkln, mujhhhhhhhhhhhhh
(sim, eu deixei ele apertar o teclado hahaha e aposto que nessas letras todas ele tentou escrever: TE AMO, PAPAI)
domingo, agosto 12, 2012
sexta-feira, julho 13, 2012
.odeio ódio, amo bacon.
Odeio acordar cedo. Amo bacon.
Sempre odiei acordar cedo, mas nao me lembro de amar tanto bacon antes do instagram.
Nao me lembro de odiar tantas coisas antes da internet.
Será que a internet está nos causando mais ódio? Será que realmente odiamos tantas coisas assim?
Será que esquecemos que o contrario de gostar é simplesmente não gostar?
Não gosto de maçã na maionese, não gosto de água com gás, sem gás.
Não gosto de pimentão.
Mas gostar mais de Nescau não significa que eu odeie o Toddy.
Gostar da Madonna não significa odiar a lady gaga.
Ódio nos torna intolerantes. Intolerância nos torna burros, porque é burrice escolher um lado numa guerra que nao existe.
"sempre odiei tal pessoa da internet"
Opa, sempre? Mas em qual dos zero encontros que teve com esta pessoa exatamente você passou a odiar?
Para odiar, é necessário conhecer, para saber no seu íntimo o que foi que este outro causou em você.
Antigamente ódio era para poucos, amor tambem, como deveria ser.
Estamos banalizando o ódio.
Odeio acordar cedo. Odeio quando o despertador toca. Odeio segunda-feira. Odeio quando eu to odiando algo e alguém não odeia tambem.
Tanto o ódio quanto o amor elevados a máxima potência dos sentimentos banalizados.
Lembro que quando eu era criança, amava os backstreet boys.
Amava, tinha cartazes deles colados na porta do armário e sonhava secretamente em casar com o Nick.
Mas era isso. Sabia as musicas, aprendi as coreografias, mas era isso.
Hoje nao basta amar. Tem que idolatrar o ídolo. Nao basta ser fã, tem que ser fanático por ele.
Não basta gostar, tem que xingar quem nao gosta.
Odeio quem odeia a Cláudia Leitte.
Eu odeio, tu odeias, ele odeia.
Todos nós odiamos mais depois da internet.
Tudo extremo. Tudo extremamente raso.
E nesse tanto céu ou tão inferno, ficamos presos num limbo de pequenos ódios gratuitos.
Banalizamos tudo, até o ódio. Ninguém gosta mais, gostar é feio.
Nao gosto de você, então odeio.
Sempre odiei acordar cedo, mas nao me lembro de amar tanto bacon antes do instagram.
Nao me lembro de odiar tantas coisas antes da internet.
Será que a internet está nos causando mais ódio? Será que realmente odiamos tantas coisas assim?
Será que esquecemos que o contrario de gostar é simplesmente não gostar?
Não gosto de maçã na maionese, não gosto de água com gás, sem gás.
Não gosto de pimentão.
Mas gostar mais de Nescau não significa que eu odeie o Toddy.
Gostar da Madonna não significa odiar a lady gaga.
Ódio nos torna intolerantes. Intolerância nos torna burros, porque é burrice escolher um lado numa guerra que nao existe.
"sempre odiei tal pessoa da internet"
Opa, sempre? Mas em qual dos zero encontros que teve com esta pessoa exatamente você passou a odiar?
Para odiar, é necessário conhecer, para saber no seu íntimo o que foi que este outro causou em você.
Antigamente ódio era para poucos, amor tambem, como deveria ser.
Estamos banalizando o ódio.
Odeio acordar cedo. Odeio quando o despertador toca. Odeio segunda-feira. Odeio quando eu to odiando algo e alguém não odeia tambem.
Tanto o ódio quanto o amor elevados a máxima potência dos sentimentos banalizados.
Lembro que quando eu era criança, amava os backstreet boys.
Amava, tinha cartazes deles colados na porta do armário e sonhava secretamente em casar com o Nick.
Mas era isso. Sabia as musicas, aprendi as coreografias, mas era isso.
Hoje nao basta amar. Tem que idolatrar o ídolo. Nao basta ser fã, tem que ser fanático por ele.
Não basta gostar, tem que xingar quem nao gosta.
Odeio quem odeia a Cláudia Leitte.
Eu odeio, tu odeias, ele odeia.
Todos nós odiamos mais depois da internet.
Tudo extremo. Tudo extremamente raso.
E nesse tanto céu ou tão inferno, ficamos presos num limbo de pequenos ódios gratuitos.
Banalizamos tudo, até o ódio. Ninguém gosta mais, gostar é feio.
Nao gosto de você, então odeio.
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