Passado. Para mim, não há coisa mais irritante que o passado. O passado é um penetra, que até navega os desmemoriados. Passado é aquela coisa que te deixou na merda, e virou uma merda presa em teus sapatos. Que te causou traumas, te encheu a cara de cachaça, e te fez tropeçar no bar. Passado. Lugar de coisa velha, que sempre volta e pisa nos mais fracos.
Sei que meu passado me condena, mas eu condeno o passado. Eu joguei o passado no lixo, e o jogo diariamente. Mas não caia no erro de pensar que eu não o valorizo, eu apenas o coloco no seu devido lugar. Ele me ensinou, e eu aprendi. Há muito o quê guardar, e não tenho espaço no meu armário para tantos fantasmas. Pego os aprendizados que forem úteis, e coloco na minha ‘nécessaire’. Preparo minha bagagem e sigo sem mudar meu lugar. Levo comigo tudo o que me faz quem sou, e nisso encontro o valor passado. Pois caso contrário, não há valor nenhum.
Eu não quero viver no passado. Quero viver agora! O futuro ainda demora, e, contudo, é hoje!
O diário do Tutu :(
Traço meu caminho agora, é madrugada de segunda. Não sei nem se acordo na hora, pois a cabeça pirada não pára de pensar em conspirações revolucionárias, balões azuis, navios e nove horas. E logo, isso será passado, e periga vir a ser um fato. E ser for fato, será passado. Logo, bola pra frente. Com dor a gente aprende, sem raiva a gente entende, e com ódio a gente escreve – ou relaxa – e entende que a vida é breve.
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