segunda-feira, março 05, 2007
So Happy Together ( Artur, Demasiado Artur)
Imagino que estou passeando de mãos dadas num bosque, saltitando como nas cenas do cinema, enquanto aperto forte a mão que compartilho. O caminho é único, não há direita e nem esquerda, é um campo livre onde sonhamos. Os beijos são únicos, os abraços também, mas os sonhos diferem. Então as bocas se afastam, os abraços repelem e os sentimentos deságuam. É chegada a hora de pôr os sentimentos pra secar, como na música que ouvimos. Porém, a mente engana, não quer se realista, quer voltar a voar; entrelaçar as mãos e acreditar que as diferenças e vivências diferenciadas não existem - O coração acredita no que a cabeça contesta, e a vivência afirma - E, é a mesma vivência que criou a mais cruel casca que possuímos. A casca que nos fez sobreviver a cada corte, a cada rompimento forçado, onde a impotência resolveu nos ensinar a humildade, e dar um tapa em nossa atual expressão de tão pequena alma. Alma que não quer entender seus mais profundos desígnios, e prefere terminar pequena pelo egoísmo de um lado, e de outro, quer assumir seu papel maior; tornar-se grande, e se coroar. E, quanto a minha alma, ela deseja profundamente tornar o meu espírito maior; experimentando todos os tipos de tapa e suas dores. - Espanque-me vida! Sou masoquista por natureza. Transformo o céu em inferno com o estalar irônico dos dedos. Com um único estalar... Pois sou ‘humano, demasiado humano’. Tenho em mim o egoísmo, mas também prefiro libertar das culpas a afagar as tristezas.
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