
Hoje eu tava lendo um texto da Carol em que ela diz que quando está feliz não sabe escrever.
Pois é. Eu também não.
Eu dou minhas passadas por aqui quando há algum monstrinho em mim que eu preciso libertar.
É difícil libertar a felicidade. Dá medo de escrever sobre ela e algum dia ela se transformar em nada além de palavras contentes.
É difícil dizer, depois de tantos calos e tantas lágrimas, depois de reconstruir tantos corações, esta vontade de estar ao lado de alguém novamente.
E eu sou mesmo assim. Esta tempestade de sentimentos sempre. E quando vem a calmaria, eu já não sei mais como lidar.
E eu só quero estar bem, só quero abraçar e dormir tranquila ao lado dele.
Quero as horas de conversa e perder todo esse medo que dá de não saber direito o que escrever por eu estar feliz.
A verdade é que eu sempre vou preferir morrer de amor a morrer de vontade.
Enquanto eu ensaio aqui as minhas palavras, enquanto eu sorrio com os olhos brilhantes e as mãos quentes, enquanto os planos são só o filme que iremos assistir enquanto a tv nos assiste, eu vou me fazendo feliz com ele.
O eterno não basta no coração, não há como saber o que a vida nos reserva. Mas desta maneira tímida e tranquila eu vou preenchendo esses vazios todos que já eram tão cotidianos e sentindo esta estranha vontade de fazer ele feliz também.
Que venham todos os frios na barriga e os bilhetinhos secretos no café da manhã.