sábado, junho 07, 2008

[O amor é filme]


"eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama"

É estar passando o tempo sem perceber que a maioria absoluta das coisas que a gente repara quando ama não passam de coisas que a gente só percebe porque ama.
É a espera pelo relógio dar mais uma volta pra encontrar. É sala de cinema, é cama.
É karma, e dharma, é dilema. Amor é aquele poema.
É achar que as cada momento tem trilha sonora, é ver que a sessão da tarde passa a dois que são um agora na comédia romântica.
É um romance que transforma os monólogos tristes em diálogo, até quando as falas parecem repetidamente clichês.
Amor é um clichê bonito de se ver.
É um musical bem ensaiado, são as pessoas dançando na rua por você.
É aquele beijo no portão como nos velhos tempos, namorinho de portão.
É segurar a mão.
É matinê, é sessão de gala, é aquela novela. O amor é o mocinho daquela novela.
É coisa bela, é desejo. Amor é bem mais que uma cena bem enquadrada.
É o movimento que se repete coreografado, filmado nos olhinhos brilhantes de amar.
Ô coisinha fofa que é o amor. É aquela dor, é o documentário na tv.
É atravessar o salão em sentidos contrários, indo pro mesmo lugar.
E mesmo que a gente não espere mais, mesmo que seja uma espera inesperada de se olhar, mesmo que este momento seja o beijo na cena mais importante do cinema, quando acende a luz e a sessão acaba, sempre vai ter um casal a levantar de mãos dadas.

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