terça-feira, novembro 23, 2010

.doação.


Passamos tanto tempo olhando pros cantos que menos importam que por vezes, diante do novo, nos estranhamos e rejeitamos algo que sempre nos fez parte.
É assim todos os dias. Não há nada que não nos pertença legitimamente, nem as dores.
Mas tem aquele momento na vida em que tudo de repente nos faz polir esses nossos sentimentos cheios de pó e esquecidos.
E as vezes, a ira também nos pertence. As vezes precisamos de alguém como um farol nessas tempestades de dentro.
Hoje eu dou mais valor a estas pessoas que estão aqui mais pra ensinar do que aprender.
Silencio e aceito.
Acato essas lições da vida e as guardo em mim.
Quanto mais caminhamos, mais aprendemos a desviar sem nos corromper.
Quanto mais caminhamos, mais aprendemos a cair sem machucar.
Ah, quem dera não cair mais.
Quem dera não ter mais ira, nem dor.
Mas é nesses momentos em que tudo está tão confuso e nublado que olhamos o outro como um reflexo de todos os nossos pecados e perdões.
E é no outro que olhamos pra nós mesmos sem pudor.
É ajudando o outro a não desviar que encontramos as estradas certas. E segurando o braço de alguém que conseguimos nos levantar.
Pra estas pessoas que eu dedico meu sentimento estranho de hoje.
Obrigada a você que me ergue quando eu caio, obrigada a você que me faz pertencer à mesma estrada como iguais. Obrigada a você.

3 comentários:

Realce disse...

Calou fundo. Forte e tocante. Obrigada, Bic.

Magali Polida de Lascada Selva disse...

Olá, moça!
Quanto tempo.
Eu passei mais de um ano fora do dê trela com dor de cotovelo
.
agora curada.

beijovem pra ti.

Lulu Psyco disse...

Sinceramente, me emocionei com suas palavras e as faço como minhas no momento em que vivo!Peço permissão pra postá-la em meu blog e creditá-la, claro!
Abraços!!!
@lulugomesbh