quarta-feira, janeiro 31, 2007

Novela Velha [Dancing With Artur]

Se existir é raciocinar, e o amor é uma sensação. Logo, o amor não é um ente. O amor não é uma coisa, o amor nem existe! E esse argumento não me serve... Então, permita-me mudar. Reformulando: Se existir é pensar, e o amor não pensa. O amor sente. Então, o amor não existe? - Espere um segundo, eu devo ter cometido um erro. Vamos lá: - Se o amor não pensa, o amor sente. E existir é pensar, o que será de George W. Bush? Droga, de novo. Só mais uma vez!

– Meu carro é um jaguar. O Jaguar tem quatro patas. Logo, meu carro é um quadrúpede. Hmmm, o professor me ensinou assim... Bem, vamos ao que interessa. Pensar sobre o amor, ou qualquer espécie de relacionamento às vezes nos leva ao erro e nos tira a felicidade. Portanto, uma primeira conclusão: Pensar demais estraga. Mas eis que nos surge um dilema; pensar de menos fode tudo. E o que fazer nesse caso? - Se eu soubesse, te vendia o segredo. Pois não adianta, todos estamos fadados a errar. Mais tarde ou, agora mesmo, você irá fazer uma grande cagada na sua vida. Um segundo vai determinar sessenta dias, ou, muito mais. Nem um orgasmo tem essa duração (exceto se você for um porquinho ‘Bollywoddyano’ com dote pra leitura e estiver aqui).

E o que pode determinar um exemplar modo de amar? Ora, não seja tolo. Até Hitler foi capaz de amar. O amor é popular, mas nem todos têm - Eis um prognóstico para muitas existências – podemos todos amar, mas isso não quer dizer que tenhamos correspondência, ou correspondência à altura. E ainda existem as pessoas incapazes de amar, que usam sua auto-ilusão e dizem acreditando na própria mentira que amam. Agora, eu queria ser grego, e cada dia nomear um amor diferente, ou, indiferente. E voltando para onde eu não devia ter saído: amar raciocinando ou simplesmente se entregar? Droga! Raciocinar demais às vezes me leva a pensar que não sou digno de um amor, e outras vezes me faz pensar que merecia um amor maior que o que tenho. E nossa... como é bom me entregar, sem pensar, só querer, e dar amor puro. Como é bom vê-la adormecer nos meus braços e ficar sem atenção... Nossa... pensar em perder isso, me faz pensar... - Entenderam, ou querem que eu desenhe o abstrato? Pois então, pego meu pincel mágico e desenho um sol vermelho pra iluminar o obscuro ilógico que desconheço conhecendo.

Não há jeito meus amigos, não há flores ou canções que mudem a rota. O que deve ser ou é, ou nunca foi - Simplesmente acontece – dia menos noite.

Dar letras ao amor é a função do poeta, entendê-lo não é nossa função. Aceitá-lo é o que nos cabe, dentro de toda limitação e falta de argumento. E acima de tudo, cultivar o amor próprio, pois esse é divino.

A propósito: Se o amor é vermelho, e vermelha é a flor. Logo, o amor é uma flor e eu sou piegas.

- Tudo bem, parei.


Ouvindo Nouvelle Vague - Dancing With Myself




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